Depressão infantil: um olhar atento para essa questão crucial

A depressão infantil é um problema muito sério que pode afetar a qualidade de vida da criança e de sua família. Por isso é tão importante conhecer a depressão infantil e entender tudo que é relacionado a ela.

Uma vez que ela pode começar em qualquer idade, desde a primeira infância até a adolescência. No entanto, a idade mais comum para o início da depressão infantil é por volta dos 11 anos de idade. 

Apesar da depressão na primeira infância seja menos comum do que na adolescência, estudos sugerem que ela pode ocorrer em até 2% das crianças pré-escolares.

Depressão infantil: um olhar atento para essa questão crucial
Depressão infantil: um olhar atento para essa questão crucial

Sintomas da depressão infantil

Acredito que um dos primeiros pontos que temos de nos atentar e saber quanto a depressão infantil é que os sintomas da depressão podem variar de acordo com a idade da criança. 

Como por exemplo, em crianças mais novas, os sintomas podem incluir irritabilidade, tristeza constante, falta de apetite, dificuldade para dormir e regressão no desenvolvimento, como voltar a fazer xixi na cama ou chupar o dedo.

Já em crianças mais velhas, os sintomas podem ser tristeza profunda, falta de interesse em atividades que antes eram prazerosas, isolamento social, irritabilidade, perda de apetite, dificuldade para dormir, cansaço constante, queda no rendimento escolar, baixa autoestima e pensamentos suicidas.

É importante lembrar que nem todos os comportamentos tristes ou irritáveis em crianças pequenas são sinais de depressão. É comum que crianças passem por momentos de tristeza ou irritabilidade em resposta a situações estressantes ou mudanças na rotina.

Causas

E às vezes podemos até nos perguntar o motivo, a causa de uma criança apresentar depressão, uma vez que são apenas crianças e não adultos dotados de diversos problemas, trabalho excessivo e tantas outras coisas.

Mas a verdade é que as crianças também sofrem, e elas ainda não têm maturidade emocional para lidar com esses problemas e nem sabem como pedir ajuda em situações como a depressão infantil.

E quando falamos em causas da depressão infantil, um grande leque se abre, uma vez que podem ser: fatores genéticos, desequilíbrios químicos no cérebro, traumas emocionais, abuso físico ou sexual, estresse familiar, separação dos pais, mudanças escolares ou em casa, e pressão acadêmica.

Tratamento

O tratamento da depressão infantil envolve várias áreas, como: acompanhamento psicológico, psiquiátrico e terapia familiar. E isso tudo é para ajudar a criança a desenvolver habilidades emocionais, promover mudanças no ambiente familiar e escolar e, se necessário, medicar.

É importante que os pais, cuidadores e educadores estejam abertos e dispostos a buscar ajuda para a criança. O tratamento precoce pode fazer toda a diferença no prognóstico da depressão infantil.

Prevenção da depressão infantil

A depressão infantil, em alguns casos, tem sim como ser evitada por meio de uma série de medidas. E esse compromisso é dos pais ou daqueles que são os responsáveis pela criança.

Estabelecer uma rotina saudável e equilibrada para a criança, promover atividades que estimulem o desenvolvimento emocional e social, garantir um ambiente familiar amoroso e estável, limitar o tempo de tela e estar atento aos sinais de estresse e ansiedade são medidas que contribuem para a prevenção da depressão infantil.

E qual o impacto das telas?

Existe uma grande discussão sobre o uso de telas na infância. Mas o que quero destacar aqui, é o uso excessivo de telas (como celulares, tablets, computadores e televisões) e o conteúdo que se vê nessas telas pode ser um fator de risco para a depressão.

Isso porque o uso excessivo de telas pode interferir na qualidade do sono, na atividade física e nas interações sociais da criança, o que pode aumentar o risco de desenvolver sintomas de depressão.
Além disso, o conteúdo visto na tela também pode ter um impacto negativo na saúde mental da criança, especialmente se o conteúdo for violento, assustador ou perturbador.

Existe uma tabela geral de recomendações de tempo de tela por faixa etária:
Faixa EtáriaRecomendação de Tempo de Tela
0 a 18 mesesEvitar o uso de telas
18 a 24 mesesLimitar o uso de telas a programas de alta qualidade, assistidos com um adulto
2 a 5 anosLimitar o uso de telas a 1 hora por dia de programas de alta qualidade
6 a 10 anosLimitar o uso de telas a 1-2 horas por dia, com supervisão e atividades físicas e sociais sendo priorizadas
11 a 13 anosLimitar o uso de telas a 2 horas por dia, com atividades físicas e sociais sendo priorizadas
14 a 17 anosLimitar o uso de telas a 2-3 horas por dia, com atividades físicas e sociais sendo priorizadas

Então, vamos deixar nossas crianças mais em contato conosco mesmos, com a natureza, ou seja, deixar as crianças serem crianças! E eu entendo que muitas vezes, os pais precisam trabalhar e a tela é uma opção. Se este for o seu caso, então esteja muito atenta ao que seu filho está vendo.

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