Mastite: tudo o que você precisa saber

Me lembro como se fosse hoje a dor que senti no meu seio após sofrer um trauma quando meu filho tinha apenas 1 mês de vida. E esse trauma ocasionou uma mastite em uma das minhas mamas. Com certeza, essa é uma dor que não desejo a nenhuma mãe.

Mas é importante você que amamenta ou que vai amamentar se informar sobre a mastite. Por isso, preparei esse post com muito carinho para você!

Mastite: tudo o que você precisa saber

Como saber se estou com mastite?

A mastite é uma condição que pode afetar mulheres durante a amamentação. Ela ocorre quando o tecido mamário se inflama e se torna dolorido, vermelho e inchado. Isso pode acontecer quando uma área da mama não é esvaziada adequadamente, causando um acúmulo de leite e, eventualmente, uma infecção bacteriana.

Ou seja, é quando o leite empedra de tal forma, que isso causa uma infecção.

Quando isso acontece, causa dor e sensibilidade na mama, vermelhidão ou calor na área afetada, inchaço e sensação de peso, além de febre e calafrios. Além disso, você pode sentir-se cansada e doente em geral, como se fosse um mal estar.

Lembro até que no início, nem pensei que fosse mastite, achei que eu estava apenas cansada e com mal estar devido ao cansaço. Só descobri que era mastite, pois meu ginecologista me avaliou.

Por isso, é importante procurar atendimento médico imediatamente se você suspeitar que tem mastite, pois a infecção pode piorar e levar a complicações mais graves.

Quais são as causas da mastite?

Como a mastite é causada por uma infecção bacteriana que afeta o tecido mamário. As bactérias geralmente entram na mama através de rachaduras nos mamilos, canais de leite entupidos ou outros ferimentos na área da mama. A amamentação é um fator de risco para a mastite, pois as bactérias podem entrar na mama durante a sucção do bebê.

Além disso, as mulheres que têm mamilos invertidos ou planos, ou que têm problemas de posicionamento do bebê durante a amamentação, podem ter maior probabilidade de desenvolver mastite. A falta de higiene adequada na área da mama também pode contribuir para o desenvolvimento da doença.

Outros fatores que podem aumentar o risco de mastite incluem estresse, (que esse foi o meu caso) fadiga, uma história anterior de mastite e uso de contraceptivos hormonais. Mulheres com um sistema imunológico enfraquecido, como aquelas com HIV ou diabetes, também podem ter maior risco de desenvolver mastite.

Mas quero te tranquilizar, pois a boa notícia é que a mastite pode ser tratada com sucesso.

Como posso tratar a mastite?

O tratamento geralmente envolve antibióticos, pois é uma infecção. Também, é muito importante fazer compressas quentes ou frias e massagem suave para ajudar a esvaziar a mama.

E claro, descanso e hidratação podem ajudar na recuperação, por isso não hesite em chamar ajuda para amigas, parentes, vizinhas…

Posso prevenir?

Existe uma palavra chave para para prevenir a mastite: AMAMENTAÇÃO.

Por isso, uma das coisas mais importantes é garantir que o bebê esteja sugando adequadamente e que a mama esteja sendo esvaziada completamente.

E se você estiver com qualquer dificuldade na amamentação, não hesite em pedir ajuda. Mesmo com as orientações do meu médico e com as medicações, meu leite não “desempedrava”.

Eu via vídeo na internet de massagens, mas não adiantava nada. Apenas quando contratei uma consultora de amamentação que minha mama voltou a ficar “normal”, foi como tirar com a mão todo o leite empedrado por causa da mastite.

Meu bebê pode deixar de mamar devido a mastite?

Infelizmente, sim, é possível que o bebê deixe de mamar ou reduza a frequência das mamadas devido à mastite. A dor e a inflamação causadas pela mastite podem tornar a amamentação desconfortável ou dolorosa para você, e isso pode afetar a alimentação do bebê.

E ainda, a infecção bacteriana pode afetar o sabor do leite e fazer com que o bebê rejeite o seio afetado.

Mesmo assim, é importante continuar a amamentando o bebê, mesmo que você tenha mastite. Isso porque a amamentação frequente ajuda a esvaziar a mama e prevenir a acumulação de leite, o que pode piorar a mastite. Se a dor for muito intensa, você pode tentar amamentar do lado não afetado ou extrair o leite manualmente ou com uma bomba (que foi o que eu fiz, uma vez que meu bebê não conseguia sugar a mama com mastite).

Além disso, os médicos geralmente recomendam que as mães continuem a amamentar durante o tratamento da mastite, pois o leite materno contém anticorpos que podem ajudar a combater a infecção bacteriana.

O que pode acontecer se eu não tratar a mastite?

Isso é muito sério! Se não for tratada, a mastite pode levar a complicações graves. A infecção bacteriana pode se espalhar para outras áreas do corpo, como os gânglios linfáticos próximos, causando uma condição conhecida como linfadenite. A mastite não tratada também pode levar a um abscesso mamário, que é uma coleção de pus que se forma no tecido mamário e requer drenagem cirúrgica.

Além disso, a mastite não tratada pode afetar a amamentação e prejudicar o desenvolvimento do bebê. A dor e a inflamação podem tornar a amamentação desconfortável ou dolorosa para a mãe, o que pode levar a uma redução na produção de leite ou até mesmo a uma interrupção precoce da amamentação. Afetando a nutrição e o crescimento do bebê, além de aumentar o risco de infecções e outros problemas de saúde.

Por isso, leve muito a sério a mastite!

Te vejo no próximo post!

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