Se você já vivenciou ou vivencia a incrível jornada de cuidar de um bebê, é muito provável que tenham se deparado com a situação de repetir o ‘não’ diversas vezes, como quando tenta evitar que o bebê coloque os dedos na tomada ou pegue objetos pequenos que podem ser engolidos.
Parece até que a gente chega ao final do dia com aquela sensação de que falamos apenas “não!”. Mas, não se preocupe, muitos de nós passam por isso! E para tornar essa fase mais leve, quero trazer uma explicação do por que os bebês têm dificuldade em compreender o ‘não’ nessas situações específicas.
E, claro, trazer estratégias práticas para as mamães e papais tornarem mais eficiente a comunicação com o seu bebê.
Quando os bebês começam a compreender o “não”?
O cérebro dos bebês passa por um incrível processo de desenvolvimento desde o nascimento. No início da vida, o cérebro é como um “computador” que está sendo programado e montado gradualmente. Uma das partes mais importantes do cérebro é o córtex pré-frontal, que fica na parte frontal do cérebro.
Aqui está o que acontece:
Nascimento e Primeiros Meses: Ao nascer, o córtex pré-frontal dos bebês ainda está em desenvolvimento. Essa parte do cérebro desempenha um papel fundamental no controle de impulsos, na tomada de decisões e na compreensão de conceitos abstratos, como o significado do “não”. Nos primeiros meses de vida, essa área do cérebro ainda não está totalmente desenvolvida, o que significa que os bebês têm dificuldade em entender comandos ou palavras abstratas.
9 a 12 Meses: Conforme os bebês crescem, o córtex pré-frontal começa a se desenvolver mais. Por volta dos 9 a 12 meses de idade, muitos bebês começam a demonstrar uma compreensão mais clara de certas palavras, incluindo o “não”. Eles começam a associar essa palavra a comportamentos indesejados ou perigosos.
Portanto, a capacidade de um bebê de entender o “não” está diretamente relacionada ao desenvolvimento de seu cérebro. É por isso que, nos primeiros meses de vida, é mais eficaz usar estratégias como redirecionamento e comunicação não verbal para mantê-los seguros e ensinar limites.
Dicas práticas para uma comunicação eficaz com bebês
Seja consistente: Embora os bebês não entendam completamente o “não” no início, é importante ser consistente na aplicação de limites e regras. Isso ajuda a estabelecer padrões de comportamento desde cedo.
Redirecione: Em vez de usar apenas o “não”, ofereça alternativas seguras. Por exemplo, se seu bebê estiver prestes a subir no sofá, diga “desça do sofá” e leve-o para um local seguro onde ele possa explorar.
Use linguagem corporal: Os bebês são muito sensíveis às expressões faciais e tom de voz. Combine suas palavras com expressões faciais amigáveis e um tom de voz calmo para transmitir sua mensagem.
Evite usar o “não” em excesso: Reserve o “não” para situações em que a segurança está em risco. Usar o “não” constantemente pode diluir seu significado.
Seja paciente: Lembre-se de que o desenvolvimento da linguagem e da compreensão é uma jornada. Seu bebê está aprendendo constantemente, e levará tempo para que ele compreenda totalmente o “não”.
Reforce o comportamento positivo: Elogie e recompense seu bebê quando ele seguir as orientações e demonstrar comportamento positivo. Isso incentiva o bom comportamento.
Modelo de comportamento: Lembre-se de que os bebês aprendem muito observando. Seja um modelo de comportamento adequado, mostrando como agir e reagir em diferentes situações.
Entender que os bebês não compreendem o “não” da mesma forma que as crianças mais velhas é crucial para uma comunicação eficaz. À medida que seu bebê cresce e desenvolve suas habilidades cognitivas, a compreensão do “não” se fortalecerá. Até lá, use essas dicas para criar um ambiente seguro e harmonioso em casa, onde seu bebê possa explorar e aprender com amor e cuidado.
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